segunda-feira, junho 12

Essa não é mais uma história de amor.

Recentemente vi, em uma brincadeira desses testes do Facebook, uma foto de 2010 que me deixou pensativa. Olhando a foto, a pessoa que aparece nela... Foi uma vida atrás. Aquele ano aconteceu tanta coisa...

Eu havia terminado meu relacionamento por não me sentir mais confortável com ele, foi a decisão mais objetiva que eu fiz na vida, sem pesar os prós e os contras, pois eu já estava me sentindo sufocada. Mas foi também em 2010 que eu conheci uma pessoa que, por mais que eu tente, vez ou outra ele volta as minhas memórias.

Foi por causa disso que eu fiquei com medo de relacionamentos. Mas eu vou contar essa história para vocês.

Eu o conheci na internet, começamos a conversar sobre a vida, e não via o tempo passar. E as conversas se tornaram algo que eu precisava todos os dias, pois conversar com ele me trazia paz (E não precisam comentar, sim eu sei que mergulhar no precipício que é esse tipo de coisa, só traz a morte para gente). Ele parecia um sonho, parecia saído das minhas mais profundas fantasias românticas. E o meu riso era muito mais fácil com ele do que com qualquer pessoa “real” que me cercava.

Foi na época em que eu estava me enganando sobre o direito e nem passava pela minha cabeça que ser advogada seria um dia possível (E isso é outra história) e eu estava na faculdade de jornalismo, logo as pessoas que estavam comigo naquela época, sabiam da história toda.

O Miguel, é português morando em Londres e que acordava com um mau humor incrível que só melhorava depois de tomar seu café... Formado em direito e policial, escreveu um livro pra mim, vejam só... Mas isso era parte do sonho. Essa coisa toda de se apaixonar por pessoas que você apenas conversa é algo meio louco. Eu era do time das pessoas que dizia que isso era impossível.

Mas claro que sonho acaba alguma vez, e esse meu acabou, ainda hoje lembro da data, lembro que também era uma segunda feira. Mais um motivo para eu odiar as segundas. E como eu AMAVA o Miguel. Amava a fantasia, claro, mas eu AMAVA o Miguel. Acho que foi a última vez que eu realmente senti isso por alguém. Amava ao ponto de começar a pensar em me mudar de cidade, de país, de continente.

Mas claro que tudo isso era coisa da minha cabeça. A realidade era algo bem diferente, dificilmente um relacionamento assim acontece e dá certo. E isso me fez magoar outra pessoa no processo, em 2011. Alguém que não merecia nada do que aconteceu.

Nas minhas fantasias, eu imaginava ele batendo na porta da minha casa dizendo que ele estava parado na porta da minha casa me pedindo para ficar para sempre com ele... Claro que isso jamais vai acontecer.

Desde que eu vi aquela foto... Percebo que foi a última vez que eu sorri feliz. A felicidade é algo tão forte que transcende seu interior parando no sorriso da pessoa. Sim! Quando uma pessoa está feliz o sorriso dela é algo impossível de descrever.

O que me deixa mais triste foi saber o quanto eu fui ingênua. Todas as dicas estavam gritando na minha frente, estava tudo às claras, mas eu estava cega de amor demais para poder entende-las...

Desde então eu estou sozinha. Não me relaciono com qualquer pessoa há sete anos, e eu sei que é por medo, eu não quero mais sofrer o que eu sofri quando a realidade, enfim, resolveu cobrar o preço das minhas fantasias. Porque, a única coisa que eu gostaria é de receber uma mensagem do tipo “primeiro encontro” e não do tipo “quero ir contigo pra um motel”, entendem? Mas a realidade é cruel demais. E eu, quando Deus estava na fila de “Sorte no amor”, eu estava na fila da reclamação...

Enfim... Não é um texto de uma história de amor, até porque, se eu for contar nos dedos as histórias de amor que eu conheço quase nenhuma será relatada aqui. É uma história SOBRE o amor. Daquelas que terminam com um “Nós sempre teremos Paris”... Só que mais triste.

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